A Pequena Comunidade
Misericordia fez uma enquete há 8 dias perguntando sobre qual temática deveria ser
lançado em seu blogue: educação religiosa ou matrimonio. Dez irmãos (ãs)
responderam a enquete. Sete responderam a primeira opção e 3 a segunda, ou seja,
70% querem educação religiosa.
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A educação religiosa sempre
está nas conversas entre amigos ou em palestras nas nossas paróquias. Na
maioria das vezes, ela está voltada para uma dimensão puramente disciplinar,
como ao que se refere a obediência dos filhos.
Por outro lado, a educação
religiosa também é resumida como práticas de piedade ou vivencia sacramental.
Ir para as missas, as procissões, participar de grupos e movimentos religiosos,
entre outros.
O que na verdade pouca gente
fala é que educação religiosa é muito mais ampla do que imaginamos e que se
refere ao compromisso de todos os membros da familia na observância e vivência
do evangelho.
Não quero me alongar a
muitos detalhes dessa temática, mas apenas me dedicar a um tema central, “a formação ética dos filhos”, que o
Santo Padre, o papa Francisco, escreveu no documento Amoris Laetitia, a Alegria
do Amor, capítulo VII, tema: reforçar a educação, página 218.
De qualquer forma quem
quiser se aprofundar no assunto recomendo os seguintes documentos que servem
até para quem não é católico:
1) Amoris Laetitia (A Alegria do Amor), documento 202, capítulo
VII, Reforçar a Educação, papa Francisco,
2) A Missão da Familia Cristã no Mundo de Hoje, documento
100 capítulo II, A Educação, papa João Paulo II
3) Diretório da Pastoral Familiar, documento 79, CNBB,
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, capítulo 3, A Educação dos Filhos.
Falar sobre educação
religiosa é “um tapa na cara”, que me perdoem os irmãos (ãs) a força da
expressão, pois, não é de hoje que existe um grande conflito entre escola e
pais sobre de quem é a responsabilidade de educar já que à instituição escolar
e professores acabam assumindo a reponsabilidade pelas más condutas e/ou
insucesso dos alunos.
A Igreja, por meio dos seus
documentes, três deles citado nesse artigo, fala claramente de quem é a
responsabilidade de educar. Já no primeiro parágrafo da “Formação Ética dos Filhos” a Igreja nos diz:
Os
pais necessitam também da escola para assegurar uma instrução de base aos
filhos, mas a formação moral deles nunca a podem delegar totalmente.
Vale ressaltar a preposição
“também” e o adverbio de negação “nunca” na frase acima, pois revelam que a
“instrução de base” e a “formação moral” são responsabilidades, sim, da escola,
mas evidenciam que compete aos pais, primeiramente, e principalmente a eles, a
educação e a formação moral dos seus filhos e suas filhas.
Sabemos, então, que a nós,
pais, é nos dados essa responsabilidade de educar e formar moralmente os nossos
filhos e filhas. A escola ajudará, e não assumirá, a nós nesse processo de
formação e instrução tão relevante para a formação ética, social e humana.
Cientes de que nós somos os
responsáveis pela instrução de base e formação moral dos nossos filhos e
filhas, como então podemos contribuir nesse processo que, segundo grandes
estudiosos sobre a formação humana, a personalidade de um indivíduo se forma até
os sete (07) anos de idade? (Piaget, 1932).
Continuaremos essa discussão no próximo artigo
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