quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Educação Religiosa, a formação ética dos filhos Parte II

Fonte: https://www.oparana.com.br


Lembrando aos irmãos e as irmãs que acompanham nossas publicações que este artigo é a continuação do anterior (clique aqui para ler o artigo) que recebe, como este, o mesmo tema “Educação Religiosa, a formação ética dos filhos”, que é também o tema e subtema do capítulo VII  do documento Amoris Latitia, p. 218, do papa Francisco.

Partindo do pressuposto que os pais são genitores amorosos e atenciosos com os filhos e as filhas e, por isso já contemplam uma dimensão importante para a formação ética da sua prole que é contribuir com o seu desenvolvimento afetivo, partimos para a dimensão testemunhal.

A Igreja acredita que além da dimensão afetiva, temos também a dimensão testemunhal para ajudar na educação religiosa dos filhos. E para além das paredes das salas de catequese e do templo religioso, bem como das procissões e outras práticas de piedade, muitos esquecem que são cristãos também em outros ambientes e com outras pessoas.

Um exemplo corriqueiro que vemos no dia-a-dia são as infrações de trânsito. Para além do aspecto legalista que aponta o que é infração de trânsito e as suas consequências para o infrator existe também a questão religiosa, pois o cristão que não respeito as leis de trânsito também peca contra Deus e dá falso testemunho aos filhos, que por sinal sofre um problema na sua formação religiosa.

Não é exceção vemos motociclistas carregando mais do que a lei de trânsito permite em sua motocicleta e sem capacete, bem como motoristas dirigindo com crianças no banco da frente ou em seu colo. Pais estacionando em local proibido para deixar ou buscar seu filho na escola.

Quero apenas fazer uma observação neste parágrafo e lembrar como os motoristas que vão participar das missas na Catedral de Castanhal prejudicam pedestre e ciclista quando estacionam seus carros na ciclo faixa ou quando ficam durante muito tempo estacionado na rua deixando familiares.

As Leis de trânsito foram feitas para assegurar o ir e vir de forma segura das pessoas. Quando um cristão não respeita essas leis ele age de forma egoísta, egocêntrica e mesquinha contra a coletividade e, pior, põem em risco a si próprio, aqueles que estiverem com ele e aos irmãos que trafegam na mesma via.

Lembrando que a educação religiosa passa por uma formação ética. E esta não está desligada da nossa rotina fora dos espaços religiosos, temos que lembrar que o nosso testemunho juntamente com o amor que sentimos aos nossos filhos são duas dimensões potenciais na formação da personalidade das crianças.

O filho que ver o pai e a mãe transgredindo as leis de trânsito crescerá com a certeza de que poderá fazer, no futuro, o mesmo e, pior, sem ser punido. Haja vista que os infratores cometem o ato ilícito quando sabem que não haverá punição para o seu crime, ou seja, quando não há fiscalização.

Tendo ou não fiscalização cabe aos pais respeitarem as leis de trânsito para dar-lhes testemunho de vida e, desta forma contribuir na formação da personalidade dos filhos e filhas que será “fruto de um desenvolvimento de hábitos bons e tendências afetivas para o bem” parágrafo 264 do Amoris Laetitia.

Respondendo a pergunta do último parágrafo do artigo anterior posso dizer que a nossa contribuição para a educação religiosa dos nossos filhos passa por nossa mudança de hábito, neste caso, no trânsito, pois se não temos bons hábitos como podemos educar de forma religiosa os nossos filhos?

E, claro que, a educação religiosa não passa só por uma mudança de hábito no trânsito, mas também por outros aspectos da vida que discutiremos em outro artigo.

Até lá!!

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